Quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Transformação digital é o assunto do momento, isso porque é a teoria de um movimento natural que já acontece, na prática, há décadas, desde o surgimento da internet e tecnologia. E se tem uma coisa que traz clareza para o mundo corporativo, principalmente em um ambiente que está em constante transformação, é a possibilidade de explicar e “teorizar” o que está acontecendo, para assim adaptar-se e realizar ajustes necessários.
Ao longo das últimas décadas, assistimos grandes corporações caírem diante da falta de adaptação ao cenário que vivemos, VUCA (Volatility, uncertainty, complexity and ambiguity). Também acompanhamos o surgimento de startups inovadoras que alcançaram o sucesso tão rápido que assustou, pela improbabilidade.
Neste artigo você terá acesso a reflexões que podem ajudar você e sua empresa repensar a percepção sobre Transformação Digital, ou mesmo afirmar suas convicções sobre este movimento. Isso porque aprender com o erro dos outros é bem mais barato, não é mesmo? Com certeza você e sua empresa desejam estar no cenário dos que se adaptaram e não dos que sucumbiram às mudanças.
Transformação digital é o conjunto de mudanças pelo qual passamos há décadas dentro das empresas desde o surgimento da internet e também da tecnologia, porém, só agora encontramos uma forma para explicá-lo e assim poder direcionar melhor as companhias nesta direção.
A transformação digital não é somente a utilização da tecnologia para melhorar processos, a análise de dados e a maneira como se estruturam os negócios. Ela é um movimento vivo que transforma e impacta cada parte de uma empresa, desde pessoas, processos a hierarquias. É uma mudança de mindset que transforma o que define sucesso atrelado a capacidade de inovação, criatividade e resultados.
Não podemos esquecer que esse movimento vivo acontece dentro das empresas como reflexo do que presenciamos fora das empresas, afinal, uma companhia vive para “servir” seus consumidores, e na era da informação, o consumidor faz parte dessa transformação.
Felizmente, no mundo corporativo podemos observar o passado para estruturar o presente e sobreviver ao futuro, e se existe algo que vai ditar a sobrevivência das empresas no futuro é a capacidade de adaptação.
Aqui podemos aprender com os erros de algumas das companhias que foram exemplos de sucesso e inovação por muito tempo, porém, não acompanharam o movimento natural e caíram por não se adaptar.
KODAK – Uma das coisas mais curiosas sobre a queda da Kodak é que a câmera digital foi inventada justamente por ela. E faz muito tempo. Em 1975, Steve Sasson apresentou o primeiro projeto de câmera digital, porém seus líderes não apostaram que as pessoas gostariam de ver suas fotos em telas digitais.
BLOCKBUSTER – Antes de fechar sua última loja, em 2013, a Blockbuster teve algumas oportunidades de se juntar e até comprar a embrionária Netflix, mas, como sabemos, não o fez. Uma grande oportunidade perdida, por líderes que provavelmente não estavam vivenciando o movimento natural da era da informação.
BLACKBERRY – A empresa criadora dos celulares BlackBerry a RIM foi, praticamente, a inventora dos smartphones nos anos 2000 e teve até 2007 uma grande fatia do mercado. Porém, a empresa optou por não acompanhar algumas das novidades apresentadas no lançamento (em 2007) e nas primeiras versões do iPhone. Fica em nossa imaginação o momento que seus líderes tomaram a decisão que os tiraria do mercado.
Os três exemplos citados acima são claros, em algum momento e em uma reunião de portas fechadas os grandes executivos e líderes dessas companhias tomaram a decisão errada.
Talvez, se tivessem chamado seus filhos adolescentes ou colaboradores geração Z nativos digitais (Nascidos após anos 1990) teriam entendido o que seus clientes ou futuros clientes desejavam.
De acordo com Fast Company, até o final de 2020, a geração Z representará uma fatia de 40% de consumo na sociedade. Se você é da opinião que essa “geração está perdida”, precisa mesmo ler este artigo e, principalmente, investir tempo em entender essa geração.
Portanto, dentro de uma empresa a transformação digital precisa começar na mudança de mentalidade de seus líderes, o mindset da liderança precisa ser um mindset de crescimento, com a certeza de que estar mais próximo de seus colaboradores e clientes é a única maneira de acompanhar o movimento onde transformações acontecem em grande velocidade.
A compreensão da transformação digital como um movimento vivo e não um fim, de que ela está acontecendo exatamente agora, é um dos pré requisitos para uma liderança inovadora. Portanto, fechados em suas salas, é impossível ter a verdadeira clareza do que realmente levará a empresa a acompanhar ambientes em constante mudança.
Análise de Dados – Para empresas criadas sob tecnologia, com uso da tecnologia ou com intenção de acelerar processos de transformação digital, tudo acontece naturalmente. Elas não têm problema em pensar que todas as decisões devem ser tomadas através de dados coletados online e ferramentas são naturalmente utilizadas no dia a dia para essas coletas.
Comunicação Personalizada – Empresas inovadoras entendem que a maneira com que as pessoas se comunicam mudou, por consequência, o cliente deseja uma forma atrativa e muito personalizada, buscar a atenção do cliente no meio de todo barulho e informação é uma arte, e precisa ser vista como tal, empresas inovadoras já entenderam que as pessoas têm sua atenção reduzida e que para ter atenção do cliente precisam falar diretamente sobre ele, e para ele.
Ambientes colaborativos – Empresas inovadoras não têm receio em pensar que seus colaboradores podem vir a trabalhar de casa, inclusive pensam que isso é uma economia. Não sofrem em compreender que a hierarquia dentro das empresas precisa ser mais horizontal, e que entender seus colaboradores e motivá-los é automaticamente aumento de produtividade e qualidade no trabalho. Outro trunfo das companhias inovadoras é que utilizam a geração Z como aliadas, pois sabem que esta é a geração que entende naturalmente o que está “pegando”.
Tecnologia e ferramentas – A utilização de ferramentas de automação, produtividade e da tecnologia em geral é natural para empresas inovadoras, porém tem um ponto importante, elas sabem o que é preciso em seus processos, elas têm clareza que a tecnologia está a serviço delas e não elas a serviço da tecnologia. Investir em tecnologia faz parte do orçamento, porque sabem a grande redução de custos que isso pode trazer a médio e longo prazo.
Inteligência Artificial – Empresas inovadoras e seus líderes não têm medo da inteligência artificial, porque sabem que estarão prontas para adaptar-se, tirar o melhor proveito da situação e motivadas com tudo que pode acontecer neste movimento.
Saímos da era industrial para era da informação, e nessa era, a informação transformou a maneira como as pessoas se relacionam, fazem negócios e tomam decisões de compra. As pessoas hoje acessam informação de forma diferente, consomem informação de maneira diferente e processam informação de modo diferente.
Bask Iyer – CIO da VMware e Dell Technologies explica que existem 3 frentes importantes a serem trabalhadas para apoiar a transformação digital: pessoas, processos e tecnologia.
Portanto, comece com as pessoas, principalmente, seus líderes, eles serão a base sólida para transformação de cultura de sua companhia, trabalhe seus processos deixando-os mais fluídos, automatizados, claros e menos burocráticos, isso trará velocidade e por último, utilize a tecnologia a seu favor, com ferramentas para reduzir custos, automatizar processos, ganhar tempo e se tornar mais competitivo.
Com 7 anos de experiência em ambiente digital, com foco nas pessoas, agilizo a competitividade das empresas trabalhando produtividade, motivação e desenvolvimento de forma eficaz.
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