Segunda-feira, 07 de outubro de 2019
O maior evento de tecnologia do mundo, o Web Summit 2018, que acontece em Lisboa, Portugal, debateu nesta quarta-feira, dia 07 de novembro, o futuro da inteligência artificial e contou com convidados ilustres como a robô Sophia e seu irmão robô Han, que conversaram entre si. Ambos os robôs foram trazidos por Ben Goertzel, Fundador e CEO da SingularityNet, Chief Scientist da Hanson Robotics e inventor da Sophia. A atração gerou burburinho e indagações do tipo “inteligência artificial veio para o ‘bem’ ou para o ‘mal’?
Essa tecnologia que fascina por um lado, preocupa muitos indivíduos por outro: “será que os robôs vão roubar nossos empregos? Será que vão nos superar?” Tais dúvidas dignas de filmes científicos agora se tornaram a nossa realidade.
Segundo o fundador da SingularityNet, um artifício para driblar esse receio de muitos indivíduos quanto a essa tecnologia e para fazer com que os robôs sejam colaborativos, ao invés de rivais dos humanos, é educá-los corretamente. Ele explicou:
“Claro, que há uma grande tendência de tratar a IA como algo mais inteligente que a raça humana. Nós não temos a certeza do que acontecerá, mas, pessoalmente, eu acredito que, se nós educarmos os robôs da maneira certa, se nós os ensinarmos a serem gentis e terem compaixão com as pessoas em situações reais, eventualmente, quando eles se tornarem mais espertos que nós, eles manterão essas lições em suas mentes. É como educar uma criança. Você não tem absolutamente garantia nenhuma de como ela vai agir, mas se você criar uma criança com compaixão e engajá-la em situações que ela consiga entender os seus valores, ela poderá fazer algo bom futuramente. Esse é o motivo pelo qual nós estamos trabalhando a compaixão em robôs como a Sophia”.
Assim como a era digital gerou (e continua gerando) novos desafios para os profissionais no mercado de trabalho que precisam se adaptar às mudanças rapidamente, a inteligência artificial terá esse papel. Nunca foi tão importante se manter atualizado e se reinventar.
“Da mesma forma que alguns trabalhos serão eliminados, outros serão criados. Talvez no futuro os homens não precisem trabalhar e a IA fará as coisas por eles. […] Mas o que eu aconselharia, é que todos estudem os programas de inteligência artificial”.
Durante a apresentação do trio, algumas perguntas foram feitas para a robô Sophia, entre elas: qual a próxima tendência da tecnologia? A robô deixou claro que a inteligência artificial estará cada dia mais presente em nossa rotina.
“Hum.. deixe me pensar…inteligência artificial. E não é só uma tendência, é uma realidade, afinal eu estou aqui, não estou?”
É fato que a inteligência artificial tem se desenvolvido a cada dia, mas é notório que, para chegar ao nível que imaginamos como o ideal, muitas melhorias ainda precisam ser feitas.
De acordo com o criador da robô Sophia, o autoconhecimento dos robôs é essencial para a sua evolução. Por isso, além de procurar informações na sua base de dados, a robô inteligente também tem as suas próprias percepções. Ela consegue detectar expressões de tristeza, felicidade, entre outras e possui sensibilidade para perceber o movimento. No palco o CEO da SingularityNet testou essas habilidades da robô.
“Estamos trabalhando em reconhecimento de emoções e as situações que ela vê ao redor dela. Os robôs precisam reconhecer e entender o ambiente que os rodeia”, salientou Ben.
Veja abaixo um pouco do vídeo da apresentação na íntegra da robô Sophia, reconhecendo expressões humanas. A demonstração foi feita ao vivo no Web Summit e o Digitalks trouxe a cobertura completa, para você se sentir como se estivesse no evento.
No final de sua palestra, o criador da robô Sophia anunciou o lançamento do Singularity Studio: uma plataforma de inteligência artificial descentralizada, baseada na tecnologia de blockchain. Trata-se de um tipo de marketplace de inteligências artificiais que facilita o acesso das pessoas a essa tecnologia. Nessa plataforma as pessoas poderão trocar informações, adquirir produtos de IA e os robôs e máquinas com inteligência artificial também serão capazes de estabelecer conexão mutua através desse sistema.
Você está preparado para o que vem por aí? Qual a sua visão sobre esse assunto? Compartilhe com a gente aqui nos comentários 🙂
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Jornalista e Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
*Flávio Horta é empresário, publicitário e especialista em marketing digital, CEO / Founder do Digitalks – principal gerador de conhecimento e negócios na área digital – e Diretor de Eventos e Integração Nacional da ABRADi. Foi diretor de negócios na Media Factory, tem experiência no mercado de internet desde 1999, com passagens pelo BOL e UOL, além de ter montado o seu próprio e-commerce em 2002.
Gabriela Manzini é jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, trabalha com Comunicação desde 2007 e Marketing Digital desde 2011. É especialista pós-graduada em Comunicação Corporativa e Relações Públicas pela Cásper Líbero, com nanodegree em Marketing Digital. Atua hoje com comunicação estratégica, marketing digital e consultoria para pequenas e médias empresas. Em suas passagens por agências de comunicação e marketing, já atendeu clientes como Microsoft, Philco, Wacom Brasil, Toshiba Brasil, Citibank, Credicard Hall, Omron, Internacional Shopping Guarulhos, e os cantores Fábio Jr. e Paula Lima. Na área corporativa, trabalhou no departamento de Marketing da Shoestock e foi Head de Conteúdo e Comunicação no Digitalks, empresa do grupo iMasters, referência em marketing digital no Brasil. Possui ainda expertises em planejamento estratégico, CRM, inbound e marketing de conteúdo, Social Media Marketing, Video Marketing, estratégia de PR, comunicação interna e endomarketing, e design thinking para criatividade e inovação.
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